biiiiiiichos!!!
Depois da moda do Tamagotchi, da febre do Pokémon… depois das visitas ao Jardim Zoológico da nossa infância (tirando a croma181, que nunca lá foi)… depois de termos animais de estimação (hamsters é que são fixes)… depois dos intemporais domingos de manhã com a companhia do BBC Vida Selvagem… depois de Biologia do 12º ano, e pensarmos na nossa doce inocência já saber tudo o que havia para saber sobre “seres vivos”… eis que nos chega: Míqueró!!!
Ao escrever este mesmo texto, apercebo-me que as teclas são locais de cultura fantásticos, e imagino que existam milhões de “bichinhos” a deleitar-se nos restos de células epiteliais por mim deixados, ao mesmo tempo que vão sorvendo um delicioso cocktail de suor. Hmm, gostoso!…
Ou seja, miquerói dá-nos a oportunidade única de desenvolver comportamentos obsessivos-compulsivos sobre a existência de biiiichos em todas as superfícies (e até no ar), ao mesmo tempo que nos apercebemos da união fantástica desses seres. Reparem: a maioria vive em grupo, agarradinhos em fila indiana, aos cachos, ou (para uma maior intimidade) aos pares; apoiam-se uns aos outros (quimicamente falando) e vivem felizes, mas às vezes zangam-se, e bacteriocina para aqui autólise para ali, acontecem uns homicídios/suicídios; têm gostos requintados, porque bactéria que é bactéria não come qualquer coisa, não cresce em qualquer sítio, nem de qualquer maneira… São no fundo gente famosa, o Jet 7 da vida, com as suas exigências muito peculiares: “ou me arranjam uma placa a 37ºC com 10% de CO2, ou não há nada para ninguém!!...”, ao que se segue invariavelmente uma birra que culmina com infecções para todos os que os rodeiam.
Devem ter a mania que por cá andarem há mais tempo merecem tratamentos especiais. Ou então, é só o complexo de inferioridade a falar. A eterna questão do tamanho.
Tenho dito, e volto a dizer: Míqueró faz mal às pessoas!
Frase do dia: "Bacteria keeps us from heaven and puts us there." by Martin H. Fischer