domingo, janeiro 06, 2008

ORL...

Pois... hã??

Das trevas de um pântano de cerúmen, onde zumbidos pulsam das profundezas e murmúrios roucos são interrompidos por um fungar persistente... surge uma épica jornada. Um grupo de cromos vê-se perante a árdua tarefa de percorrer montes e vales, atravessar países desconhecidos, nadar por entre mares de pessoas doentes, para deixar a sua marca todas as manhãs... no "Livro". Quantos sobreviveram para contar a história? É dificil dizer. Mas fica a certeza que as suas vidas nunca mais serão as mesmas.
Tudo começou no início.
Nestas terras longínquas os cromos depararam-se com uma estranha tribo de Adormecedores. Inquietos por natureza, a sua mera existência já foi considerada por muitos como puro mito, deixando-se mostrar apenas por fugazes momentos. Diz-se que vivem atormentados por uma maldição antiga que dividiu as terras em que habitam, terras tão amaldiçoadas que o seu nome jamais deverá ser pronunciado por inteiro... fica apenas a sigla: ORL.
Os Adormecedores nativos, que os cromos conheceram, afirmam ter sobrevivido a um cataclismo antigo (a "tal" maldição), após o qual apenas subsistiram graças aos preciosos ensinamentos dados pelo "Líder", carinhosamente apelidado como "Papá". As suas histórias de "chinas" e pesticidas motivaram esta tribo a renascer das cinzas, e qual profeta reuniu todas as suas crenças num tratado indispensável a qualquer ser "respirante": o manual de "Cirurgia aos Seios Perinasais".
Como parte integrante da sua cultura, os Adormecedores acreditam que devem deixar uma marca que os identifique no "Livro", todas as manhãs. Em caso de incumprimento temem que o céu lhes caia sobre a cabeça, ou que um novo cataclismo aconteça. No entanto, ao contrário dos outros Adormecedores, não acreditam num sistema de integração dos cromos nos seus rituais, como tal, as sessões com estes Adormecedores podiam acontecer (ocasionalmente)... ou não.
Aparentemente, esse tão falado cataclismo teve consequências imensas em termos sociais (com a segregação da tribo original em duas), mas resultou também num imenso retrocesso tecnológico, impossibilitando qualquer utilização de intrumentos electrónicos mais avançados que uma lâmpada. É o regresso aos projectores de slides com personalidade própria, e à entrega de relatórios de mão para mão (ou pata), independentemente dessas formalidades a que chamam "Natal em família em terra muito distante, de tal forma que é ridículo fazer um viagem de ida e volta no meio das férias só para entregar folhas".

Mas foi giro.

Frase do dia: "Traditionalists are pessimists about the future and optimists about the past." by Lewis Mumford

1 comentário:

Anónimo disse...

exigimos novo quizz